“O assassino está entre nós… está no comboio neste momento.”
Há muito tempo que tinha-me mentalizado de que queria e tinha de ler clássicos. Ora, quando o Clube B (Clube de Clássicos) apareceu, achei que era a altura perfeita para pôr em prática este meu objetivo. O Clube B é um desafio criado pela Sónia (@soniaropinto) e pelas suas colegas de trabalho, que têm como objetivo ler aqueles clássicos que andam a adiar há imenso tempo.
Achei o desafio incrível e os temas muito interessantes. Como tal, para janeiro sugerem-nos Crime, Policial ou Thriller e também disponibilizaram 6 sugestões de clássicos para este primeiro mês. A minha escolha? Das mais surpreendentes, pois desde que me lembro por gente, que detesto os episódios de investigação de Poirot, mas optei por ler Um Crime no Expresso do Oriente, por Agatha Christie. Porquê? Acho que temos de ir em frente, quando nos sentimos desconfortáveis e como bem sabem, os livros são sempre diferentes de séries e filmes, portanto tive de lhe dar uma hipótese, tal como a mim mesma.
Acho sobretudo, as escolhas do clube bastante desafiantes, pois nos farão ler obras que nunca na vida, nos passariam pela cabeça ler. Sair da nossa zona de conforto pode vir a ser das nossas maiores aventuras e foi por isso que, embora detestando a série, me aventurei a ler o livro. E, foi uma leitura interessante!
As investigações de Poirot, por Agatha Christie, tiveram um enorme sucesso e conquistaram muitas gerações. Um Crime no Expresso do Oriente é extremamente conhecido e um assassinato num local onde não há fuga possível, fez com que o mistério fosse maior e mais inquietante.
Desde a descoberta de um dos passageiros apunhalados no seu compartimento, que o caso parece impossível de se resolver. As pistas encontradas são suspeitas e existem vários suspeitos, vários álibis e a falta de um motivo para o assassinato.
“Quando se confronta o mentiroso com a verdade, geralmente confessam…e muitas vezes completamente de surpresa. Só é preciso fazer a dedução certa para produzirmos efeito.”
A ação, nas primeiras 100 páginas, desenvolve-se morosamente. Ainda assim, são debatidos questões de vingança e justiça. Quando no início, temos conhecimento de que o homem assassinado, foi alvo de ameaças devido a ter cometido um crime, são várias as suposições que vamos delimitando, estando todas demasiado longe da verdade. As últimas páginas são surpreendentes e o desfecho para mim foi previsível.
Não é o melhor livro de mistério/investigação que li, nem está inserido nas minhas melhores leituras. Em contrapartida, admiro a forma como a autora construiu todo o enredo e foi montando as peças do puzzle gradualmente, deixando-nos baralhados com tantas pistas e suspeitos, sendo que no fim, todos tinham um motivo em comum. Atribuí-lhe 3 ⭐, devido a Poirot, que é uma personagem brilhante.
“Tanta gente relacionada com o caso Armstrong a viajar por coincidência no mesmo comboio, não só era improvável como impossível. Não devia ser um caso, mas um desígnio.”
4 Comentários
Já tive oportunidade de ler o livro e ver O Filme! Tenho a dizer que adorei a história e as Personagens! <3
http://www.pimentamaisdoce.blogspot.com
Oh, nem todos podemos gostar do mesmo. Nunca vi o filme, talvez pondere vê-lo.
Sou fascinada pelo Poirot, porque ele consegue detetar pormenores em coisas que nos ultrapassam por completo. Já tive a oportunidade de ler este livro e achei toda a estrutura espetacular, por ser passado num sítio em que, supostamente, não há por onde fugir. Além disso, cativou-me pela mensagem inerente
Sim, o espaço foi o que mais de espetacular teve. Infelizmente, não é o meu género favorito de livros.