Nestes dias abalados de fevereiro, em que não consegui reorganizar ideias, nem a calma consegue habitar-me, decidi, finalmente, trazer-vos uma das nossas maravilhas de São Miguel (Açores).
Para chegarem ao Salto do Cabrito, reserva natural, na Ribeira Grande, podem optar por seguir a mesma rota que vos leva para A Lagoa do Fogo — que espero poder visitar, novamente, no verão —, só que alerto-vos de que, se não estão confortáveis em subidas/descidas íngremes com os vossos carros e até carros de aluguer, não desçam até ao Salto do Cabrito. Podem fazer todo o percurso a pé, deixando o carro estacionado na rua de terra batida, antes de se iniciar o “trilho”. Isto porquê? Não são apenas subidas e descidas íngremes, mas também há a limitação de espaço na estrada, as curvas apertadas que funcionam nos dois sentidos e ainda, o mau estado da via, visto que a maioria é de terra batida. Foram várias as pessoas, que vimos com dificuldades em subir e sair do local.
A descida demora cerca de 30 minutos, se tiverem um passo descontraído/apressado. A subida, pode demorar um pouco mais, devido à sua inclinação. Se o percurso for de automóvel, em 6 minutos chegam ao estacionamento, perto da entrada do Salto do Cabrito.
Do lado esquerdo, paralelamente, ao estacionamento, podem observar uma pequena “lagoa”, com uma cor muito característica.
A cascata é de livre acesso para banhos, sendo que a água é límpida e bem gelada. Se, por acaso, tiverem curiosidade, em ver a cascata de cima, então, preparem-se para vários quilómetros, a vários metros do chão.
Do lado direito da cascata, têm várias escadas, algumas delas menos visíveis, com apoio, para alcançarem a escadaria de ferro, que vos levará à vista do cimo do Salto do Cabrito, mais propriamente, à nascente da cascata. Não é recomendável, a subida, a quem tem vertigens.
A vista é absolutamente incrível! Tive pena de não ir previamente, equipada para um mergulho. Normalmente, em reservas naturais como esta, os banhos/mergulhos são proibidos e podem estar sujeitos a coimas. Felizmente, n’O Salto do Cabrito, podem estar à vontade e a profundidade da água é, no máximo, de 1,65cm, razoavelmente.
O contacto com a natureza, o som da água a correr, os pássaros e a brisa é esplêndido. Por mim, viveria ali para sempre.
Visitei esta reserva natural em maio, quando a adesão a trilhos e a locais paradisíacos é mais afluente, porém, também é uma boa altura para mergulhos devido à temperatura da água. Mesmo nos dias mais quentes, a temperatura é sempre baixa.
Na época veranil, é normal não encontrarem o sossego que o local representa, devido aos turistas. Para mim, as melhores alturas para visitas a reservas naturais são entre março e maio, onde podem conectar-se sem pressas à natureza e ao meio envolvente.
Este local, representa a paz, a renovação de energias e um contacto com a natureza, imprescindível. Todos os sons, a brisa fresca, as folhagens, a cor da água, nos remetem a um estado de serenidade inexplicável. Para regressar, sempre.
4 Comentários
Eu mal posso esperar por voltar a viajar. Na altura em que a pandemia rebentou tinha viagem marcada para São Miguel! <3
http://www.pimentamaisdoce.blogspot.com
Oh, que pena que não conseguiste vir. Espero que consigas em breve. Temos tantas paisages incríveis!
Estou fascinada! Ia já para aí *-*
Vivemos no paraíso e nem nos damos conta disso.