Março, 06.2020
22h50: Gostava de poder dizer-te tudo o que me vai no peito, mas a minha voz pouco fala, durante a tua abstinência de mim. Queria poder dizer-te que tudo em mim é exagero, mas não exagero quando digo que gosto de ti. Gosto mesmo de ti. Sem exageros, sem dramas. Gosto de ti, simplesmente e é tão simples esse gostar. É fácil gostar de ti. Só gostava que te lembrasses de mim, mas a tua ausência mantém-me cativa. Talvez um dia, encontraremo-nos de novo, e possa encontrar a minha voz no teu olhar. Até lá, resta-me esperar.
— Não te demores, meu bem, pois quem se ausenta, um dia deixa de fazer falta e este amor pode não ser suficiente para me deixar cativa para sempre.
Março, 06.2020
23h36: Talvez um dia, pudeste pensar que na minha memória, sempre irias estar. Chegaste deixando pegadas ao de leve, depois deixaste-me marcas irreparáveis. São poucas as pessoas que nos marcam e marcaste-me de forma cruel, desumana. As coisas que mais amamos, são as que mais nos destroem. Com mais facilidade do que todo o resto — e isso, aprendi contigo.
— Quem nunca foi destruído pelo amor?!
Março, 06.2020
23h41: No final, as pessoas sempre vão embora, da mesma maneira que chegam: de repente. Elas já foram embora, antes de realmente partirem, mas fingimos não perceber, fingimos que está tudo bem. Quem parte, não compra o bilhete de ida, no momento da despedida, Já o tem há muito tempo. E nós sempre soubemos que a hora chegaria.
— Só adiamos a despedida e o sofrimento, que chegará de qualquer forma.
2 Comentários
Uau! Estou encantada com estes pensamentos, porque transmitem tanta emoção. Tanta, mas tanta, verdade.
Que bom ler isso! ? Fico mesmo feliz por estar a dar entender isso. Muito obrigada querida ❤️